quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Venenosos, peçonhentos...

Em Serpentes do Brasil, Afranio do Amaral descreve as diferenças entre os tipos de veneno dos animais:

"(...) É de bom aviso, no estudo dos animais dotados de toxicidade, distingui-los em dois grupos:

a) no primeiro, representado pelos 'veneníferos', se incluem, por exemplo, não somente as aranhas, os escorpiões, as vespas etc., mas principalmente todas aquelas serpentes (como, no Brasil, a cascavel, a urutu, a surucucu, a caissaca e a jararaca) que possuem presas tubulares, prontas para injetar, no ato da picada, o veneno profundamente nos tecidos da vítima;

b) no segundo, os 'venenosos' (ou semi-veneníferos), que englobam as serpentes desprovidas de presas capazes de inocular, nos tecidos da vítima, a saliva tóxica (exceto quando conseguem retê-la, mastigando-a ao ponto de inocular-lhe a dita secreção através das punturas que produzem nos tegumentos triturados) antes de a engolir. No caso dos sapos e outros batráquios, cuja secreção tóxica exsuda da pele, a classificação correta exige chamá-los de 'peçonhentos'".

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